Carlos Lyster Franco
Nascimento | |
---|---|
Morte | |
Nome nativo |
Carlos Augusto Lyster Franco |
Cidadania | |
Atividade | |
Cônjuge |
Maria das Dores Dias Barbosa |
Descendentes |
Carlos Augusto Lyster Franco CvSE (Ajuda, Lisboa, 5 de outubro de 1879 - Sé, Faro, 26 de março de 1959) foi um professor, escritor e pintor português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascimento e família
[editar | editar código-fonte]Carlos Lyster Franco nasceu a 5 de outubro de 1879, no número quarenta e sete da Rua do Machado, freguesia da Ajuda, em Lisboa, filho do negociante Caetano Augusto Franco, e de sua mulher Luísa Adelaide Lyster, ambos naturais de Lisboa.[1]
A 16 de junho de 1901, na Igreja de Nossa Senhora do Socorro, em Lisboa, aos 21 anos, casa com Maria das Dores Dias Barbosa, natural de Mire de Tibães, concelho de Braga, e seis anos mais velha, sendo esta filha de José Dias Barbosa, e de sua mulher Teresa da Silva.[2] Foi pai de Mário Lyster Franco, que se distinguiu como jornalista e político,[3] e avô de Luís Lyster Franco.[4]
Carreira artística e profissional
[editar | editar código-fonte]Exerceu como professor no Liceu de Faro,[5] na Escola Comercial de Faro, na Escola Industrial Pereira Nunes, onde também foi director, e na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, onde exerceu igualmente como director dos Cursos Industriais. Foi responsável pelo departamento de Arte, na Comissão Reorganizadora do Museu Arqueológico Infante D. Henrique, e presidiu à Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Faro.[6]
Foi um dos principais defensores dos interesses da região do Algarve, especialmente da cidade de Faro, onde morava, tendo sido um dos seus maiores beneméritos.[7]
Frequentou com sucesso um curso de pintura na Escola de Belas Artes de Lisboa, tendo ganho vários prémios naquela instituição.[5] Entre as suas principais obras estão vários quadros históricos, como a Batalha de Ourique, A Ceia de Emmaus, D. Maria de Castella, pedido auxilio ao seu pae D. Affonso IV de Portugal, contra a invasão arabe, Martim de Freitas ante o cadaver de D. Sancho II.[5] Também pintou diversas paisagens, como a obra Inverno.[5] Em 1908 inaugurou várias exposições de arte no Algarve, durante as quais apresentou cinquenta e três obras, que ganharam vários prémios, e em 1909 estava a organizar uma exposição com o pintor Ezequiel Pereira.[5] Destacou-se igualmente como escritor, tendo publicado vários contos em diversos periódicos regionais algarvios, como o Districto de Faro, O Heraldo, Guadiana e o Correio do Algarve.[5] Também lançou pelo menos dois livros, Contos Funebres e Illuminuras.[5]
Falecimento e homenagens
[editar | editar código-fonte]Carlos Lyster Franco faleceu aos 79 anos, em Faro, freguesia da Sé, a 26 de março de 1959.[1]
Foi condecorado com o grau de cavaleiro da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 5 de outubro de 1932, no dia do seu 53.º aniversário.[8]
Referências
- ↑ a b «PT-ADLSB-PRQ-PLSB01-004-dB17_m0239.TIF - Livro duplicado de registo de baptismos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 19 de fevereiro de 2021
- ↑ «PT-ADLSB-PRQ-PLSB53-002-C31_m0001.tif - Livro de registo de casamentos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 19 de fevereiro de 2021
- ↑ «Algarviana – Publicação integral da obra aguarda-se há 25 anos». Barlavento. 2 de Março de 2007. Consultado em 15 de Outubro de 2020
- ↑ ROSA, Vasco (4 de Julho de 2019). «Modernismo algarvio: pupilas incendiadas». Observador. Consultado em 15 de Outubro de 2020
- ↑ a b c d e f g «Lyster Franco» (PDF). Correio do Algarve. Lagos. 1 de Junho de 1909. p. 1. Consultado em 15 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital do Algarve
- ↑ «Carlos Augusto Lyster Franco». arquivo-ec.sec-geral.mec.pt. Consultado em 19 de fevereiro de 2021
- ↑ «Imprensa: Carlos Lyster Franco» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Lisboa. 16 de Maio de 1959. p. 210. Consultado em 15 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Cidadãos nacionais agraciados com ordens portuguesas». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 15 de Outubro de 2020